Presença Regional
A especificidade deste animal deriva essencialmente da forma como é criado e alimentado, o que por sua vez tem origem nas culturas e explorações agrícolas típicas da região. Caracteriza-se pela grande extensão do seu velo (o conjunto da lã que cobre o corpo do ovino) e pela boa qualidade da sua lã.
A área geográfica de produção do borrego da raça autóctone Merino Branco Regional está circunscrita aos concelhos do distrito de Portalegre, destacando-se o concelho de Sousel. Esta raça compreende cerca de metade do efetivo ovino nacional.
Os animais são criados em explorações pecuárias com características climáticas mediterrânicas, de verões muito quentes e secos. São alimentados à base de leite materno (durante 45 a 60 dias) e de pastagens naturais ou semeadas existentes nos montados. Esta alimentação pode ser complementada com forragens da exploração no verão e com bolota e lande no outono e inverno.
Raça
Os ovinos da raça Merino Branco têm vindo a ser criados, ao longo dos séculos, de forma tradicional, extensiva, em harmonia com os montados, pastagens e culturas cerealíferas da região – uma prática que subsiste, praticamente inalterada, até aos nossos dias.
Esta ligação histórica está bem patente no papel central que o borrego desempenha na gastronomia da região.
Os Merinos Brancos têm uma origem comum aos restantes Merinos da Península, que é considerada o seu berço, e segundo dados históricos apontados por vários investigadores, provêm de épocas muito anteriores à da fundação da nossa nacionalidade.
Os Merinos Brancos têm origem comum aos restantes Merinos da Península Ibérica, que é considerada o seu berço, segundo investigadores.
Esta raça tem vindo a ser criada de forma tradicional, extensiva, em harmonia com os montados, pastagens e culturas cerealíferas da região.
Benefícios de Consumo
Elemento habitualmente presente nas cozinhas de todo o mundo, a carne de borrego é uma excelente fonte de nutrientes, sendo especialmente rica em ferro, vitaminas, minerais e proteínas de alta qualidade, assumindo-se como componente fundamental para uma dieta saudável.
Essas características tornam esta carne um elemento obrigatório em todas as etapas do crescimento e desenvolvimento do ser humano. Talvez seja essa a razão pela qual o consumo de carne de borrego tem vindo a registar um acréscimo significativo desde 2016. Uma evolução que pode surpreender apenas os mais distraídos na matéria, ou não fosse a carne de borrego um dos mais assertivos exemplos de versatilidade no modo de confeção, facilidade de preparação e uma proteína animal com forte tradição e presença no receituário tradicional português.
Quando se junta a este leque de competências a lista de propriedades que o borrego oferece a miúdos e graúdos, é fácil perceber a importância do consumo deste animal. Possui um teor de gordura menor do que muitas carnes vermelhas; é rica em minerais, proteínas e forte em vitaminas essenciais como são os casos da vitamina D e a vitamina B12.
Gastronomia
Dentro das inúmeras vertentes da cultura alentejana, a gastronomia é uma das mais marcantes e ancestrais referências. Tal como em outras gastronomias regionais, a cozinha alentejana é composta por uma ampla variedade de produtos naturais que, pela riqueza e variedade, lhe confere uma simplicidade de sabores únicos.
Um dos produtos endógenos mais utilizados na gastronomia alentejana é o borrego, sendo imensos os pratos confecionados com este tipo de carne. Descubra algumas das iguarias regionais que pode encontrar à mesa dos restaurantes Souselenses e ao longo da quinzena gastronómica Terras do Borrego ’22